Cooperativa de Mães – uma proposta que está dando certo
Cinco mães e um desejo: educar seus filhos na autonomia e na cidadania. Conheça um pouco da nossa experiência com a Cooperativa de Mães e algumas dicas para você começar uma também.
Com o sonho de educar nossos filhos na autonomia e na cidadania nos deparamos com a hora de retornar ao trabalho. Será que a creche é a única opção possível? Não necessariamente. Em julho de 2013, quatro mães resolveram criar a Cooperativa de Mães e assim passaram a cuidar dos pequenos elas mesmas, encontrando na prática os desafios e benefícios de começar algo novo.
No início, como nenhuma mãe tinha espaço adequado para a cooperativa, uma parceira se dispôs a ceder o espaço e se tornar a “pessoa âncora” que ajuda a mãe cuidadora do dia. Como todo início de jornada, tivemos surpresas e dificuldades que precisaram de disponibilidade e vontade para que fossem superadas. Percebemos que os passos precisavam ser pequenos, por exemplo: não poderíamos atender mais de cinco crianças, nem faixas etárias muito diferentes, pois os pequenos tinham necessidades bastante específicas dentro de cada etapa de desenvolvimento. Chegamos a conclusão também que, num primeiro momento, não poderíamos atender crianças com mais de três anos de idade.
Pouco tempo depois precisamos encontrar um novo espaço para a Cooperativa. Com as necessidades surgem as possibilidades, uma das mães que morava em um apartamento mudou-se para uma casa com bastante espaço externo (suficiente para compartilhar com a Cooperativa) e uma edícula que podia abrigar com a privacidade necessária a iniciativa.
Como funciona nossa Cooperativa de Mães
Hoje somos 5 mães, cada uma responsável pelo cuidado dos pequenos um dia da semana com a ajuda de uma parceira contratada como âncora.
As crianças tem entre 7 meses e um ano e meio. A alimentação (frutas e uma refeição mais reforçada) é feita pela mãe que cuidará das crianças naquele dia. As demandas da Cooperativa são discutidas em reuniões semanais e as decisões tomadas pelo coletivo.
As crianças tem entre 7 meses e um ano e meio. A alimentação (frutas e uma refeição mais reforçada) é feita pela mãe que cuidará das crianças naquele dia. As demandas da Cooperativa são discutidas em reuniões semanais e as decisões tomadas pelo coletivo.
Nosso encaminhamento é pautado pelas necessidades percebidas em nossos pequenos e embasados em diferentes correntes metodológicas como educação ativa e montessoriana. Quando necessário, sentamos e falamos sobre nossas diferenças. Buscamos entre nós e com parceiros possíveis “dicas” e informações. Compartilhamos receitas e parcerias.
Custos e despesas com material e espaço são rateadas . Procuramos preparar os espaços(ambientes) para que estimulem as descobertas das crianças com o mínimo possível de interferência adulta.
Não temos receita pronta, mas o que nos move é o cuidado de nossos pequenos e o desejo de vê-los cidadãos autônomos. E com isso continuamos buscando e criando o caminho para o funcionamento da nossa Cooperativa de Mães.
Dicas para começar uma cooperativa de mães
- Encontre o espaço ideal. Crianças precisam de espaço, terra, areia e área livre. É importante que seja um lugar só para a cooperativa, mesmo sendo no quintal da casa de uma das mães.
- As mães precisam estar alinhadas com oestilo de educação. Isso precisa ser combinado. Estilos de criação muito diferente podem provocar conflitos.
- Manter a comunicação franca e transparente sempre. Somos pessoas e temos nossos atritos. É fundamental que haja disposição para resolver e crescer em grupo.
- Combinem as regras desde o começo, seja entre os adultos, como entre as crianças.
- Observem e aprendam com as crianças, elas nos ajudam muito no processo de cooperativa.
- Coragem! Montar e participar de uma cooperativa dá trabalho, consome um bocado de tempo, mas todo o esforço é recompensado quando você vê a alegria das crianças de estarem juntas e quando pode presenciar o desenvolvimento delas tão de perto.
Nós da Cooperativa de Mães estamos abertas para dúvidas, queremos que a ideia se espalhe e outras mães sejam encorajadas a buscarem alternativas que encaixem em seus sonhos.
Grace Barbosa, mãe da Julia. Maria Gloss, mãe da Maria Clara. Renata Dutra, mãe da Nina. Lorena Gontijo, mãe do João. Sabrina Ferraz, mãe da Valentina.
Fonte: http://www.maezissima.com.br/
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